O
escritor
timorense
Luís
Cardoso
recorda
a
ilha
onde
(
passar
)
a
infância
,
um
sítio
e
um
tempo
que
(
ficar
)
o
seu
"
paraíso
"
e
onde
o
seu
pai
(
ser
)
enfermeiro
.
"
Foi
lá
que
aprendi
a
escrever
.
O
meu
professor
ainda
(
estar
)
vivo
"
.
Luís
Cardoso
recorda
que
,
na
escola
,
naquele
tempo
,
(
escrever
)
as
redações
sempre
em
duas
versões
.
Uma
para
ele
,
outra
em
nome
do
colega
Vasco
,
que
lhe
(
pagar
)
em
pão
com
manteiga
porque
o
pai
(
ter
)
uma
padaria
.
Escrever
em
português
"
foi
uma
situação
adquirida
em
Ataúro
"
,
explica
Luís
Cardoso
.
"
Se
tivesse
escrito
primeiro
em
tétum
,
faria
o
resto
da
minha
vida
através
do
tétum
,
mas
o
momento
em
que
me
vi
a
escrever
foi
em
português
.
Depois
,
obviamente
(
passar
)
a
ser
uma
escolha
"
,
explica
o
autor
.
"
Todas
as
línguas
(
ser
)
bem
-
vindas
.
Se
os
timorenses
falarem
mais
línguas
,
(
ter
)
mais
acesso
a
muitas
coisas
.
A
guerra
de
línguas
é
fictícia
,
não
(
existir
)
"
,
sublinha
o
escritor
.
"
Se
as
duas
línguas
oficiais
de
Timor
são
o
tétum
e
o
português
,
o
Estado
(
dever
)
fazer
tudo
para
as
(
implementar
)
.
Se
não
,
retira
-
se
da
Constituição
,
para
[
nós
]
não
(
estar
)
a
enganar
ninguém
"
,
acrescenta
Luís
Cardoso
.
Publicado
em
Portugal
e
em
português
,
Luís
Cardoso
concorda
que
é
,
em
grande
medida
,
escritor
de
um
país
que
não
(
ler
)
.
"
Mas
um
dia
os
timorenses
vão
descobrir
-
me
.
É
uma
questão
de
educação
"
,
salienta
o
escritor
.
Ataúro
,
onde
Luís
Cardoso
"
tinha
espaço
para
(
correr
)
,
foi
uma
coisa
de
liberdade
.
Depois
,
quando
(
deixar
)
a
ilha
,
passei
a
depender
das
circunstâncias
.
Passei
a
ir
atrás
do
meu
pai
,
depois
para
o
colégio
de
Soibada
.
O
melhor
momento
de
mim
próprio
(
ser
)
a
minha
infância
"
,
afirmou
na
entrevista
à
Lusa
.
(
Lusa
,
abril
.
2008
,
adaptado
)