O mistério dos convidados roubados
Logo
de manhã, os queixosos formavam fila à porta do posto da GNR. Tinham estado
todos na festa de anos da D. Alegria, que decorrera na noite anterior em casa
desta e durante a qual alguém os roubara.
O
cabo Lince escutava as versões de cada um.
–
A mim, desapareceram-me os talheres de prata – disse a própria D. Alegria.
–
A mim, roubaram-me o telemóvel. Dei logo por isso quando acordei estremunhado –
exclamou o professor Severo.
–
Pois a mim, foi a carteira que voou! – gritou o oficial de Finanças, João
Moedas.
–
E a mim, a malinha de mão – choramingou a enfermeira Maria das Dores.
–
A mim, os anéis – queixou-se a D. Fortunata.
–
A mim também tiraram a carteira – lamentou-se o veterinário Coelho Pinto.
Lince
passou a mão pelo queixo e disse:
–
Acho que já sei quem foi o ladrão…
Apontou
para um dos presentes e acrescentou:
–
É melhor para si restituir imediatamente tudo o que roubou!